Desenvolvida pelo instituto Marquês de Valle Flôr com apoio da PT, a nova plataforma de telemedicina entre São Tomé e Príncipe e Portugal, tem agora novas funcionalidades e pode ser alargada a outros países lusófonos.
São Ligações em tempo real. Através da telemedicina um médico cardiologista em Portugal, pode analisar exames e fazer diagnósticos em São Tomé e Príncipe. A partir de um clique pode um médico a essa distância resolver um caso clínico.
“Temos imagens em perfeitas condições, nós temos o ventrículo esquerdo, a aurícula esquerda e aorta e o que desde já aparenta aqui, é de facto a existência de um derrame pelicárdico que não é muito volumoso”, explicou um médico a partir de Portugal.
O ministro são-tomense da saúde Leonel Pontes, que a partir de São Tomé e Príncipe e em tempo real, assistiu ao lançamento desta nova plataforma, salientou a sua importância.
“Temos agora esse instrumento, que vai de facto contribuir bastante para a melhoria do diagnóstico em São Tomé e Príncipe”, afirmou.
Basta um computador, ligado à internet para que médicos e pacientes fiquem ligados em rede.
A rapidez e as novas funcionalidades desta nova plataforma vai permitir a telemedicina entre todos os países dos Palops.
“Este é um primeiro passo, daquilo que se pretende que venha a ser uma rede de telemedicina ligando os países lusófonos à Portugal, ligando-os no seu todo permitindo uma multilateralidade de consultas do ponto de vista técnico e até do ponto de vista da planificação política de saúde, que de outra forma não teria sido possível” garantiu o secretário de Estado adjunto da saúde portuguesa, Fernando Leal da Costa.
O projeto é realidade em São Tomé e Príncipe há dois anos. O instituto Marquês de Valle Flôr explica que a nova plataforma poderá ajudar a diagnosticar e atuar em diversas vertentes.
“Tudo que é a ginecologia na parte da mamografia, ecografias relativamente a várias patologias, tudo que é radiografias, uma geologia clássica ligada à ortopedia, dermatologia também é possível através de uma câmera de alta definição que já está em São Tomé” concluiu o administrador do Instituto Marquês de Valle Flôr Carlos Teles Freitas.
Medicina em formato digital já uma realidade entre São Tomé e Príncipe e Portugal, e brevemente os pacientes e médicos desses dois países, vão estar ligados a outros hospitais e centros de saúde lusófonos.
Brany Cunha Lisboa