Governo são-tomense adquire duas embarcações para fazer ligação marítima entre as duas ilhas. Os dois barcos têm capacidade para cerca de 400 passageiros cada e poderão ligar São Tomé e Príncipe em apenas 4 horas.
É um investimento governamental que poderá atenuar a questão da dupla insularidade de que padece a ilha do Príncipe. Com as duas novas embarcações, o transporte de pessoas e bens, de e para a ilha irmã vai ser mais fácil e frequente. «A continuidade territorial é fundamental. Faz parte da nossa soberania, daí que nós precisamos ter meios do Estado disponíveis para qualquer situação e assegurar a ligação com o Príncipe», afirma o primeiro-ministro Patrice Trovoada.
A ligação marítima entre as duas ilhas foi sempre um problema para os sucessivos executivos são-tomenses. Há iniciativas privadas, que visam ajudar a pôr cobro a essa situação, mas não tem sido suficiente para uma ligação coesa entre as duas parcelas territoriais. A isto, junta-se os acidentes marítimos e perdas de vidas humanas que já fazem parte do histórico de ligação entre as ilhas.
Por outro lado, o executivo apresenta 3 lanchas para fiscalização da zona económica exclusiva do país, numa altura em que muito se fala do aumento da pirataria no Golfo da Guiné. «A política do mar tem a ver com a defesa e a proteção das nossas águas, mas também um conjunto de medidas para que os investidores também possam olhar com mais garantias o investimento naquilo que é a economia marítima. Nós queremos ir para uma pesca semi-industrial, queremos ir para uma série de atividades comerciais ligadas ao mar, por isso, meios de proteção são importantes», pontua o chefe do governo.
Brany Cunha Lisboa
RM:Adim(stp+)
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Grande Brany.